Qualquer que, na melhor das intenções
possível, interpreta as coisas de D’us descritas na Antiga e na Nova Aliança
sem os contextos da língua original, sem o contexto histórico, cultural e
espiritual de Israel, terá conclusões superficiais e efêmeras, que não revelam
na sua plenitude a verdadeira vontade de D’us.
Não que tais interpretações devam ser
descartadas, pois muitas delas são de homens e mulheres usados pelo Eterno, mas
dentro de um limite que eles próprios seguiram, por isso a profundidade da
Revelação muitos não alcançaram.
A teologia de Paulo, Pedro, Tiago,
Judas e a do escritor aos Hebreus nunca se afastaram de Israel e de tudo o que
envolve o povo judeu, seja mostrando os erros do legalismo, seja ensinando a
Torah conforme o Messias ensinou. Muitas teologias, dogmas e doutrinas surgiram
após o 3º século baseadas nas intenções de Roma, que em sua totalidade
colocaram os mestres judeus do Caminho para fora do cerco criado por
Constantino.
Os reformadores, pela Graça de D’us,
romperam com os aguilhões de Roma, mas eles deveriam se ligar à Oliveira
novamente, da mesma forma que a Igreja que eles chamam de ‘primitiva’ descrita
em Atos, era ligada.
Ao invés disso, preservaram uma herança romana, baseada no
movimento anti-semita, que criou uma teologia falsa chamada ‘da substituição’
afirmando que a Igreja substituiu Israel, sendo assim, aquilo que os judeus
messiânicos lutaram tanto para preservar segundo os mandamentos do Eterno,
enfrentando a fúria dos fariseus legalistas, dos romanos impiedosos, dos
gentios pagãos que não aceitavam a ideia da existência de um só D’us, agora
seria descartado, esquecido, pois o judeu que não se converte ao cristianismo,
não pertence a D’us e não pode ser salvo.
A raiz da Igreja do Messias jamais deve
estar em Roma, mas em JERUSALÉM, não na geografia, mas na espiritualidade!
Os
ensinos no 1º século do Evangelho de Yeshua eram ministrados são de qual nação?
Os 12 apóstolos são descendentes de quem? Yeshua era de qual nacionalidade,
qual tribo? O Eterno Se fez conhecer pelo D’us de quem, de por quem? Pelos
romanos ou gregos? Os gentios aprendiam com quem? As 12 tribos qual povo?
Quando o rabino Sha’ul (Apóstolo Paulo) disse “... assim sirvo ao Deus de
nossos pais...”, quais eram estes pais?
Observem esta afirmação dele: “que,
naquele tempo, estáveis (gentios) sem Cristo, separados DA COMUNIDADE DE ISRAEL E ESTRANHOS AOS CONCERTOS
DA PROMESSA, não tendo esperança e sem Deus no
mundo.Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo
sangue de Cristo chegastes perto (DA COMUNIDADE DE ISRAEL).
Porque Ele é a nossa paz, o qual de
ambos os povos fez um (judeus e gentios); e, derribando a parede de separação
que estava no meio,na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos
mandamentos, que consistia em ordenanças (as doutrinas judaicas de homens, dogmas), para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a
paz,e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades.” (Efésios
2:12-16).
Onde lemos que a Igreja substituiu Israel? Onde lemos que os judeus é
que devem se achegar aos cristãos? Onde lemos que os judeus devem se incorporar
ao sistema eclesiástico estabelecido pelos gentios? Onde lemos que os dogmas,
as doutrinas, as teologias e as confissões de fé substituíram os costumes, a
cultura e os ensinos estabelecidos por D’us? A identidade dos judeus
messiânicos reflete a vontade de D’us, pois foi Ele quem criou, elegeu, cuidou,
ensinou, separou, santificou toda esta descendência a partir de um só homem,
Abraão, para que ela seja luz para todas as outras nações da Terra.
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