domingo, 5 de janeiro de 2014

Veredas Antigas

Qualquer que, na melhor das intenções possível, interpreta as coisas de D’us descritas na Antiga e na Nova Aliança sem os contextos da língua original, sem o contexto histórico, cultural e espiritual de Israel, terá conclusões superficiais e efêmeras, que não revelam na sua plenitude a verdadeira vontade de D’us.
Não que tais interpretações devam ser descartadas, pois muitas delas são de homens e mulheres usados pelo Eterno, mas dentro de um limite que eles próprios seguiram, por isso a profundidade da Revelação muitos não alcançaram.
A teologia de Paulo, Pedro, Tiago, Judas e a do escritor aos Hebreus nunca se afastaram de Israel e de tudo o que envolve o povo judeu, seja mostrando os erros do legalismo, seja ensinando a Torah conforme o Messias ensinou. Muitas teologias, dogmas e doutrinas surgiram após o 3º século baseadas nas intenções de Roma, que em sua totalidade colocaram os mestres judeus do Caminho para fora do cerco criado por Constantino.
Os reformadores, pela Graça de D’us, romperam com os aguilhões de Roma, mas eles deveriam se ligar à Oliveira novamente, da mesma forma que a Igreja que eles chamam de ‘primitiva’ descrita em Atos, era ligada. 
Ao invés disso, preservaram uma herança romana, baseada no movimento anti-semita, que criou uma teologia falsa chamada ‘da substituição’ afirmando que a Igreja substituiu Israel, sendo assim, aquilo que os judeus messiânicos lutaram tanto para preservar segundo os mandamentos do Eterno, enfrentando a fúria dos fariseus legalistas, dos romanos impiedosos, dos gentios pagãos que não aceitavam a ideia da existência de um só D’us, agora seria descartado, esquecido, pois o judeu que não se converte ao cristianismo, não pertence a D’us e não pode ser salvo.

A raiz da Igreja do Messias jamais deve estar em Roma, mas em JERUSALÉM, não na geografia, mas na espiritualidade! 
Os ensinos no 1º século do Evangelho de Yeshua eram ministrados são de qual nação? Os 12 apóstolos são descendentes de quem? Yeshua era de qual nacionalidade, qual tribo? O Eterno Se fez conhecer pelo D’us de quem, de por quem? Pelos romanos ou gregos? Os gentios aprendiam com quem? As 12 tribos qual povo? Quando o rabino Sha’ul (Apóstolo Paulo) disse “... assim sirvo ao Deus de nossos pais...”, quais eram estes pais?
Observem esta afirmação dele: “que, naquele tempo, estáveis (gentios) sem Cristo, separados DA COMUNIDADE DE ISRAEL E ESTRANHOS AOS CONCERTOS DA PROMESSA, não tendo esperança e sem Deus no mundo.Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto (DA COMUNIDADE DE ISRAEL).
Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um (judeus e gentios); e, derribando a parede de separação que estava no meio,na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças (as doutrinas judaicas de homens, dogmas), para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” (Efésios 2:12-16).
Onde lemos que a Igreja substituiu Israel? Onde lemos que os judeus é que devem se achegar aos cristãos? Onde lemos que os judeus devem se incorporar ao sistema eclesiástico estabelecido pelos gentios? Onde lemos que os dogmas, as doutrinas, as teologias e as confissões de fé substituíram os costumes, a cultura e os ensinos estabelecidos por D’us? A identidade dos judeus messiânicos reflete a vontade de D’us, pois foi Ele quem criou, elegeu, cuidou, ensinou, separou, santificou toda esta descendência a partir de um só homem, Abraão, para que ela seja luz para todas as outras nações da Terra.

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